29.7.12

Um coração amargurado, um olho apertado e algumas palavras que não foram digeridas ainda. Dois copos de cerveja para tentar anestesiar, aliviar. Ao fim da noite sem as palavras de quem se queria ouvir, sem os carinhos que queria receber, deitar com o travesseiro entre as pernas e esperar o sono acalmar, levar o que não quero. Um ciúme descompassado, uma loucura repentina, uma cerveja não social, uma familia em construção, e eu. Viro de lado, deito com o travesseiro entre as pernas e espero o sono me acalmar, me levar. Acordo, não mais calma, com a cabeça não vazia, e o estômago com fome mas revirado de ontem, saio, sem um beijo, sem mais nada. E chego, nada aconteceu como o combinado, seria eu mesmo quem devesse tomar as redeas de tudo isso e reerguer? Às vezes carregamos um mundo nas costas que não é nosso. Afinal, quantos mundos existem dentro desse em que vivemos? O meu, o seu, o nosso, o dele, o dela. Qual devo carregar?