23.1.22

A Ceiba speciosa e seu espinhos

Quantas vezes não somos Ceiba? Ou com quantos destes exemplares acabamos nos relacionando afetivamente - lembrando que o afeto transita em todo o tipo de relação -, não é mesmo ?

A característica clássica desta árvore é seu tronco espinhoso na fase “juvenil” e, geralmente, solitário, sem tantas associações visíveis como em outras espécies que podem ser tomadas por trepadeiras, musgos e afins ou pássaros. Não é uma espécie em risco de extinção ou pouca vista, possivelmente ao longo de uma rodovia ou praça você a encontrará, e em alguma época do ano irá vê-la não florir, mas repleta de suas sementes cobertas por fibra, parecendo algodão.

As pessoas são assim também, cada uma com sua forma de defesa, os espinhos nem sempre são de todo mal ou amargura. Quando eles começam a cair dá se espaço para que os pássaros possam criar seus ninhos e a paina se enche mais ainda em suas últimas “floradas”. É o seu ponto alto!

Portanto, em alguns momentos também nos comportamos como Ceiba, mas sempre, para dar espaço para o que há de mais belo, tudo faz parte de uma construção e é importante respeitar o tempo. Em ecossistemas espinhosos apenas espécies persistentes e resistentes conseguem se adaptar e aproveitar o lado bom de permanecer. Amigos são como plantas, regue-os sempre.


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